segunda-feira, 8 de setembro de 2008

São tempos que já não voltam!*

Não voltam as idas a casa da Ana no mitranço de net. Não voltam as compras de alguidares. Não voltam os bifinhos com legumes feitos no wok pela Gisela. Não volta a minha cama de 1,65m. Não voltam as viagens de comboio de 5 horas de pé. Não voltam as idas no 301 pro trabalho. Não volta o meu mosulica. Não volta o papel cor de rosa nos vidros do quarto da Patrícia. Não voltam as ursus. Não volta o Spice, nem o Términus, nem a Anocas, nem o Bamboo, nem o Expirat, nem o caru cu bere, nem, nem, nem. Não volta a “experiência da Diana partir a perna na Roménia”. Não voltam as festas de anos do escritório. Não voltam as reclamações porque não há leite. Não voltam os canitos vádios. Não volta tramvaiul. Não voltam as “ferradelas” no subúrbia. Não voltam as conversas deslocadas do Gouveia, nem a digitalização da biblioteca da Patricia. Não volta o “Paaaaa” ao final do dia de trabalho. Não volta o “Natzaaaaaa” quando se entra no escritório. Não volta o “Qui horrôooo” da Irina. Não volta o “euuuu, não quero saber disso” do Miguel por cima dos óculos. Não volta o Daweo Matiz, nem o Dacia Logan. Não volta o troco mal contado nem o ar de desdém perante os “bani”. Não voltam as gajas boas. Não voltam os C12 a invadir os nossos mails com dúvidas. Não voltam os C12 a invadir as nossas casas. Não voltam os jantares dos C11. E não volta o meu Rudi... Mas eu ainda posso voltar;)