Gosta de lulas e de molho de francesinha embora, dada a sua localização geográfica, o prove com pouca frequência. Nunca foi de opinião de que as lulas devessem andar metidas com as francesinhas. Ainda assim insistiu que continuasse a cozinhar. Eu própria preferia outro tempero, mais exótico, mas por agora, em tempo de crise, é o que vejo na panela. Embora tenha poucas lulas fresquinhas cozinhar, vou tentar manter morninho este arroz.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
São tempos que já não voltam!*
Não voltam as idas a casa da Ana no mitranço de net. Não voltam as compras de alguidares. Não voltam os bifinhos com legumes feitos no wok pela Gisela. Não volta a minha cama de 1,65m. Não voltam as viagens de comboio de 5 horas de pé. Não voltam as idas no 301 pro trabalho. Não volta o meu mosulica. Não volta o papel cor de rosa nos vidros do quarto da Patrícia. Não voltam as ursus. Não volta o Spice, nem o Términus, nem a Anocas, nem o Bamboo, nem o Expirat, nem o caru cu bere, nem, nem, nem. Não volta a “experiência da Diana partir a perna na Roménia”. Não voltam as festas de anos do escritório. Não voltam as reclamações porque não há leite. Não voltam os canitos vádios. Não volta tramvaiul. Não voltam as “ferradelas” no subúrbia. Não voltam as conversas deslocadas do Gouveia, nem a digitalização da biblioteca da Patricia. Não volta o “Paaaaa” ao final do dia de trabalho. Não volta o “Natzaaaaaa” quando se entra no escritório. Não volta o “Qui horrôooo” da Irina. Não volta o “euuuu, não quero saber disso” do Miguel por cima dos óculos. Não volta o Daweo Matiz, nem o Dacia Logan. Não volta o troco mal contado nem o ar de desdém perante os “bani”. Não voltam as gajas boas. Não voltam os C12 a invadir os nossos mails com dúvidas. Não voltam os C12 a invadir as nossas casas. Não voltam os jantares dos C11. E não volta o meu Rudi... Mas eu ainda posso voltar;)
quarta-feira, 18 de junho de 2008
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Teve flauta de Pan
Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Podia ter tido um fadinho.
Podia ter tido os Xutos.
Podia ter tido um Vira do minho.
Podia ter tido a Romana.
Podia ter tido uma Chula.
Podia ter tido a Maria João Pires.
Podia ter tido os Pauliteiros de Miranda.
Podia ter tido o Quim Barreiros.
Podia ter tido o Zezé Fernandes.
Podia ter tido o bailinho da Madeira.
Podia ter tido os Da Weasel e até podia ter o piqueno Saúl com 1 metro e oitenta.
Mas não...
Podia ter tido um fadinho.
Podia ter tido os Xutos.
Podia ter tido um Vira do minho.
Podia ter tido a Romana.
Podia ter tido uma Chula.
Podia ter tido a Maria João Pires.
Podia ter tido os Pauliteiros de Miranda.
Podia ter tido o Quim Barreiros.
Podia ter tido o Zezé Fernandes.
Podia ter tido o bailinho da Madeira.
Podia ter tido os Da Weasel e até podia ter o piqueno Saúl com 1 metro e oitenta.
Mas não...
sexta-feira, 6 de junho de 2008
A pedido de várias famílias
Ok, são poucas é certo, que não há assim tantas famílias a gostar de arroz de lulas, e também as que existem são pequenas, unicelulares e por isso têm menos votos do que famílias compostas mas, ainda assim, elas pediram e não posso ignorar.
Então cá vão as poucas coisas que tenho para contar:
1. Decidi que volto para Portugal. Oh mar salgado, aí estarei em menos de 2 meses (mar salgado e não só: oh sardinhas assadas com salada de pimentos, oh polvo à lagareiro, oh vitela à Lafões, oh entremeada com grelos salteados, oh broa, oh vinho verde, oh superbock, oh feijão frade, oh bacalhau assado na brasa, oh batatas a murro, oh arroz doce, oh tremocinhos, Ahhh, saudade!!!)
2. Estou sem back up de emprego - oh famílias unicelulares, se souberem de alguma empresa extremamente bem pagadeira, cheia de prestígio, com um ambiente de escritório fantástico, bons horários de trabalho e com uma vaga de trabalho impecável para uma lula extremamente profissional, inteligente, boa colega, eficiente e trabalhadora, por favor reencaminhem.
3. Tenho queimado os últimos cartuchos na Roménia. Isso significa que os fins-de-semana (sim, fins-de-semana, não quero saber do acordo ortográfico) são passados entre uma latinha com 4 rodas alugada e uma qualquer terriola deste país.
3.1. Delta do Danúbio - aconselho, mas que seja rapidinho. Viagens de barco, só se não excederem as 3horas e já estamos com sorte. O barco por certo encalhará e terão 5 horas dentro dele e parece-me razoável (é o ponto de vista de quem passou 11h no Danúbio).
Ah, almoços de peixe da região, em pequenas casas de "gente rude do Danúbio" com TV, DVD e espreguiçadeiras no meio das alfaces, são a evitar. Aproveita-se o vinho, o licor de cereja e a torta Dan Cake.
Pensões baratas com muitas piscinas (não, o tamanho não importa) são recomendáveis
3.2. Breaza, os melhores Mititei do país - Breaza é uma terriola ali nas montanhas. Nada a referir, não fosse o vinho caseiro às garrafas de 2 litros, os velhos da Teodora - absolutamente 5* - e os Mititei (pequenas bolas de carne algo semelhantes às almôndegas embora grelhadas. Típicas na Roménia, divinais em Breaza). Houve ainda o Rudi a tentar convencer os velhos que Lisboa é que é a cidade do amor para quem não vai pro engate, mas isso não é relevante, acho até que já estava subentendido na parte do vinho caseiro em garrafas de 2 litros)
3.3. Vama Veche - ainda não fomos, mas vai ser espectacular!!
Agora quero garfadinhas no arroz.
Então cá vão as poucas coisas que tenho para contar:
1. Decidi que volto para Portugal. Oh mar salgado, aí estarei em menos de 2 meses (mar salgado e não só: oh sardinhas assadas com salada de pimentos, oh polvo à lagareiro, oh vitela à Lafões, oh entremeada com grelos salteados, oh broa, oh vinho verde, oh superbock, oh feijão frade, oh bacalhau assado na brasa, oh batatas a murro, oh arroz doce, oh tremocinhos, Ahhh, saudade!!!)
2. Estou sem back up de emprego - oh famílias unicelulares, se souberem de alguma empresa extremamente bem pagadeira, cheia de prestígio, com um ambiente de escritório fantástico, bons horários de trabalho e com uma vaga de trabalho impecável para uma lula extremamente profissional, inteligente, boa colega, eficiente e trabalhadora, por favor reencaminhem.
3. Tenho queimado os últimos cartuchos na Roménia. Isso significa que os fins-de-semana (sim, fins-de-semana, não quero saber do acordo ortográfico) são passados entre uma latinha com 4 rodas alugada e uma qualquer terriola deste país.
3.1. Delta do Danúbio - aconselho, mas que seja rapidinho. Viagens de barco, só se não excederem as 3horas e já estamos com sorte. O barco por certo encalhará e terão 5 horas dentro dele e parece-me razoável (é o ponto de vista de quem passou 11h no Danúbio).
Ah, almoços de peixe da região, em pequenas casas de "gente rude do Danúbio" com TV, DVD e espreguiçadeiras no meio das alfaces, são a evitar. Aproveita-se o vinho, o licor de cereja e a torta Dan Cake.
Pensões baratas com muitas piscinas (não, o tamanho não importa) são recomendáveis
3.2. Breaza, os melhores Mititei do país - Breaza é uma terriola ali nas montanhas. Nada a referir, não fosse o vinho caseiro às garrafas de 2 litros, os velhos da Teodora - absolutamente 5* - e os Mititei (pequenas bolas de carne algo semelhantes às almôndegas embora grelhadas. Típicas na Roménia, divinais em Breaza). Houve ainda o Rudi a tentar convencer os velhos que Lisboa é que é a cidade do amor para quem não vai pro engate, mas isso não é relevante, acho até que já estava subentendido na parte do vinho caseiro em garrafas de 2 litros)
3.3. Vama Veche - ainda não fomos, mas vai ser espectacular!!
Agora quero garfadinhas no arroz.
terça-feira, 13 de maio de 2008
Será que a Lili é romena e ainda não sabe?
A Lili é festa. A Lili é loira. A Lili é imagem. A Lili é estética. A Lili é toda ela tratamentos de beleza. As romenas também. Será que a Lili é romena e ainda não sabe? Ou será que ela sabe e nós é que não sabemos?
Muito se fala das romenas, giras, arranjadas, algo pirosas (isso também não é relevante) mas ainda não se falou da produção. A romena, tal como a Lili é uma produção. O mercado produção da estética é um mercado maduro e bem explorado neste país. Tratamentos de beleza são bem mais comuns e diversificados do que estamos habituados. Há muita procura, é certo, mas a oferta também é poderosa e por isso os custos baixam significativamente e o seu acesso por entre as romenitas é muito, mas muito frequente. Se isso começa na maquilhagem, podem estar certos que acaba mais longe. E a Lili, onde é que fica nesta história?
Ontem, e a conselho de algumas mentes preocupadas com a minha saúde e imagem, consultei um dermatologista. Tenho uma “sarda gigante” no nariz e não estava com vontade de iniciar o Verão sem saber as consequências de a expor demasiado ao sol. Pois em 15 minutos, o ”thenhor doutor” (ethetremamente thopinha de matha) identificou-me o meu problema. Trata-se de uma reacção que algumas gajas, de tez algo pigmentada (e tinha de ser logo a mim), fazem ao sol em determinadas alturas e que…ora bolas, não desaparece e só tende a piorar. Ah, ah! Mas há uma solução. Isso, prescreve aí um creminho, que se tudo correr bem aplico-o diariamente.
Peeling! (peeling = Lili, isto afinal tinha lógica). Desculpa, não ouvi bem, percebi peeling! PEELING?. “I will apply thome athidths on your thkin” . O tanas é que aplicas…
Bom, explicou-me todo o procedimento – ainda pensei em dizer “eu sei como é, a Lili fez”, mas achei que ele ia estranhar que a só sei um caso de peeling, e porque foi mediático, enquanto ele já peelou “milhares” de anónimas por esse país fora.
Pelos vistos, até isto é comum neste país. Como eu só cá estou a dar uma perninha, o peeling fica para quando tiver a idade da Lili.
Muito se fala das romenas, giras, arranjadas, algo pirosas (isso também não é relevante) mas ainda não se falou da produção. A romena, tal como a Lili é uma produção. O mercado produção da estética é um mercado maduro e bem explorado neste país. Tratamentos de beleza são bem mais comuns e diversificados do que estamos habituados. Há muita procura, é certo, mas a oferta também é poderosa e por isso os custos baixam significativamente e o seu acesso por entre as romenitas é muito, mas muito frequente. Se isso começa na maquilhagem, podem estar certos que acaba mais longe. E a Lili, onde é que fica nesta história?
Ontem, e a conselho de algumas mentes preocupadas com a minha saúde e imagem, consultei um dermatologista. Tenho uma “sarda gigante” no nariz e não estava com vontade de iniciar o Verão sem saber as consequências de a expor demasiado ao sol. Pois em 15 minutos, o ”thenhor doutor” (ethetremamente thopinha de matha) identificou-me o meu problema. Trata-se de uma reacção que algumas gajas, de tez algo pigmentada (e tinha de ser logo a mim), fazem ao sol em determinadas alturas e que…ora bolas, não desaparece e só tende a piorar. Ah, ah! Mas há uma solução. Isso, prescreve aí um creminho, que se tudo correr bem aplico-o diariamente.
Peeling! (peeling = Lili, isto afinal tinha lógica). Desculpa, não ouvi bem, percebi peeling! PEELING?. “I will apply thome athidths on your thkin” . O tanas é que aplicas…
Bom, explicou-me todo o procedimento – ainda pensei em dizer “eu sei como é, a Lili fez”, mas achei que ele ia estranhar que a só sei um caso de peeling, e porque foi mediático, enquanto ele já peelou “milhares” de anónimas por esse país fora.
Pelos vistos, até isto é comum neste país. Como eu só cá estou a dar uma perninha, o peeling fica para quando tiver a idade da Lili.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Adeus 301
Desde que estou em Bucareste a minha história de transportes já levou muita volta. Durante 3 meses andei de metro até ao trabalho. Uma verdadeira maravilha. 50 metros até à estação, apenas 1 minuto dentro daquela lata de sardinhas que é o metro e mais 50 metros até ao escritório. Seria tudo perfeito se não tivesse mudado de escritório.
Daí passei para o 301. 1o minutos a pé, cerca de 50 na lata de sardinhas, sem pagar bilhete. Ainda experimentei tramvaiul. Um dia impecável, segundo dia multa por não pagar bilhete e ao terceiro dia, não conforme as escrituras, lá me cortaram o caminho de ferro. Tudo bem. Tinha saudades do meu 301. Com cheiro a sono pela manhã e a cerveja ao final do dia. Ia e vinha diariamente e quase sempre sem picar bilhete. Chegou a acontecer ser expulsa, após um interrogatório intenso e agressivo sobre a minha residência em Bucareste. Dessa vez tinha picado bilhete, no entanto um bilhete que estava ligeiramente danificado por uma máquina que não picava mas apenas fazia um ligeiro vinco, que era de tal forma ligeiro que se o tivesse apresentado seria expulsa na mesma por nao o ter picado, muito embora a culpa fosse da máquima. Só que a máquina não tem 50lei disponíveis para pagar àqueles senhores. Pois desta vez também não tive. Segui os conselhos das minhas meninas romenas e respondi com calma: "Queres que pague manda para minha casa. Queres a morada?". Foi aí que fui convidada a sair e temi apanhar pancada cá fora. Tudo bem...
Agora chegou a altura de experimentar outra coisa. Trata-se do nosso mosulica. Um velhinho simpático que vai buscar todos os pelintras-sem-carro que trabalham comigo à estação de Aurel Vlaicu. Ainda experimentei ensinar aos meus coleguinhas o "Sr. Condutor, por favor, ponha o pé no acelerador..." Sem sucesso...
A parte boa é que voltei a poder acordar um pouquinho mais tarde e a chegar um pouquinho mais cedo. Ah, e o meu mosulica nunca me pôs fora da sua Van. Isto sim!! Ah luxo!
Daí passei para o 301. 1o minutos a pé, cerca de 50 na lata de sardinhas, sem pagar bilhete. Ainda experimentei tramvaiul. Um dia impecável, segundo dia multa por não pagar bilhete e ao terceiro dia, não conforme as escrituras, lá me cortaram o caminho de ferro. Tudo bem. Tinha saudades do meu 301. Com cheiro a sono pela manhã e a cerveja ao final do dia. Ia e vinha diariamente e quase sempre sem picar bilhete. Chegou a acontecer ser expulsa, após um interrogatório intenso e agressivo sobre a minha residência em Bucareste. Dessa vez tinha picado bilhete, no entanto um bilhete que estava ligeiramente danificado por uma máquina que não picava mas apenas fazia um ligeiro vinco, que era de tal forma ligeiro que se o tivesse apresentado seria expulsa na mesma por nao o ter picado, muito embora a culpa fosse da máquima. Só que a máquina não tem 50lei disponíveis para pagar àqueles senhores. Pois desta vez também não tive. Segui os conselhos das minhas meninas romenas e respondi com calma: "Queres que pague manda para minha casa. Queres a morada?". Foi aí que fui convidada a sair e temi apanhar pancada cá fora. Tudo bem...
Agora chegou a altura de experimentar outra coisa. Trata-se do nosso mosulica. Um velhinho simpático que vai buscar todos os pelintras-sem-carro que trabalham comigo à estação de Aurel Vlaicu. Ainda experimentei ensinar aos meus coleguinhas o "Sr. Condutor, por favor, ponha o pé no acelerador..." Sem sucesso...
A parte boa é que voltei a poder acordar um pouquinho mais tarde e a chegar um pouquinho mais cedo. Ah, e o meu mosulica nunca me pôs fora da sua Van. Isto sim!! Ah luxo!
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