sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Mimada

Já tinha falado que este romenos oferecem e recebem muitos presentes. Várias celebrações...o dia dos anos, o dia do santo com o nome, o dia do Moş Nicolae. Descobri mais dois. O dia das flores, quando a pessoa tem nome de flor (bem podia ser rosa, aguentava a vergonha pelas prendas que receberia) e o 1º dia de Março.

Não sei o que se passa quando se põe o pezinho na Roménia, mas o que é certo é que esta malta dá mesmo presentes a torto e a direito. Não tem havido dia que não receba presentes. O meu chefe deu-me um belo caderno e uma caneta, o Moş Rosegur ofereceu-me tomatinhos do quintal dele (a meias com o Rudi, claro). O Rudi, nesta onda de presentear ofereceu-me dois livros infantis, e o Moş Rosegur voltou a oferecer um potezinho de uns vegetais estranhos em conserva que temos no frigorífico.
Hoje foi a vez do Sorin ofereceu-me uma bonequinha - Marţişor - porque amanhã é o dia 1º de Março. A tradição é que os homens ofereçam este presente às mulheres (toma lá morangos, não pagamos a disco a 6ªF e ainda recebemos mais esta). Começo a habituar-me a tanto mimo. Gosto bastante, devo confessar. Fico à espera da próxima...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Branquinho e lindinho

Trata-se de um final feliz para uma história um pouco conturbada. (e não, não arranjei nenhum romenito)
Ao fim de 4 vezes me sentar na cadeira de Dora, tenho o meu dentinho arranjado, livre de dores e sofrimento. Ele está feliz e eu também.

A história é conturbada porque, basicamente a minha relação com Dora não foi das melhores. Cheguei a Dora "a impaciente" através de Razvan "o Pavão". Isto só por si não me parece grande início de relação (um dia faço uma posta sobre ele). Um check up, uma plingrafia ao molar, mais uma sofrida ida de uma hora e meia ao seu “gabinete” com direito a 4 anestesias, um antibiótico, mais uma vez na cadeira, mais uma plingrafia e da 4ª vez que me sentei, com a promessa de que lá não me sento de novo, consegui ver tudo resolvido. Um dente bonito e quatro novas rugas de preocupação na minha testa.


A verdade é que Dora ainda não percebeu que ser dentista não é a mesma coisa do que ser bancária ou funcionária dos correios. Ela acha que doa o que doer, por mais desconfortável que seja, tem de ser exactamente assim para que veja a sua tarefa devidamente cumprida e EU é que tenho de ter paciência. Foram muitas as vezes em que dei com ela, com aquele ar indeciso a olhar para as brocas a ver qual escolheria e conseguia ler-lhe nos olhos um “deixa cá ver até onde é que esta miúda aguenta”. Escolheu sempre uma desconfortável, disso posso dar certezas. Capacete de intervenção e olhar ameaçador...la começava a tortura...
A parafernália de material de que Dora dispõe põe Horácio do CSI a um canto. Desde o pequeno Black&Decker, às mil agulhinhas que se foram espetadas no meu dentinho, dos algodões com líquidos de cores estranhas aos cotonetes ou as plaquinhas de cores tive de trincar, até um secador de cabelo que esteve enfiado na minha boquinha. Houve mesmo de tudo… Mas de todos estes instrumentos o que mais me incomodou foi o aspirador (e não, não tenho qualquer tipo de obsessão por aspiradores), mas a verdade é que daquele não gostei. E também não gostei do facto de ela lhe dar pouca atenção. Ou me aspirava a própria da gengiva ate fazer vácuo ou chegava a aspirar-me o almoço do Domingo anterior. Um sofrimento.


Houve impaciências, houve más caras, houve raiva, dor e sofrimento mas já está. É branco e não de ouro como temi.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Época de traduções

Eu traduzo
Tu traduzes
Ele/Ela traduz
Nós traduzimos
Vós traduzis
Eles traduzem

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

And the winner is...

Ui, a tensão é muita. Recebo chamadas, atrás de chamadas, sms's até não ter caixa disponível, recados, e-mails e até alguns faxes. Todos perguntam o mesmo. "Então? Esse orelhinhas, afinal como se vai chamar. Aquela votação no blog não me convence, andas a receber votos por fora, de certeza, só pode, uma sondagem tão importante, com tão poucos votos, aí há gato!"

Não há gato, gatos aqui, só o orelhinhas daqui a uns anos. Não há mistério, já se adivinhava. O Orelhinhas vai ser Álvaro. Fechem-se as bocas! Foi uma boa escolha:


Álvaro: Significa o que defende de todos e indica uma pessoa de iniciativa, que está sempre em busca de novas oportunidades. Mas não faz nada sem antes avaliar atentamente todas as hipóteses de progresso e todos os riscos de fracasso.


Hein, com o papa e tudo!!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Os guardanapos são primos do monstro do cotão

O monstro do cotão não está sozinho, tem família com ele. Uma família bem disfarçada, mas há características que ainda não conseguiram ocultar esse laço. Agora foram desmarcarados. Foi uma operação difícil, mas em que tudo terminou bem.

Procurámo-los numa prateleira e não estavam lá. Depois na outra e népias. Depois de vasculhar todas as prateleiras da despensa, nem vestígios de guardanapos. Moviam-se de prateleira em prateleira sem que ninguém desse por eles. Mas, mesmo pertencentes a essa família de lutadores, treinados para actuar a qualquer hora do dia e da noite, não conseguiram resistir a tanto cansaço. Muitas foram as diligências.

Por fim, conseguimos manter nossas bocas asseadas a cada refeição.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Fim de semana na neve

Este é um post de viagem. Vai sair, portanto, um relato!! Desculpem, quem quiser que desista.


Poiana-Braşov
Eram 8 da manhã e, depois de poucas (muito poucas) horas de sono, lá estava eu de banho tomado, vestida, mala feita e cheia de força (se calhar nem tanto). Depois de ainda esperar por alguns atrasados, e de parar para o belo cafezinho, lá fomos nós de caminho a Poiana-Braşov. Dois carros, 8 mafarricos, equipados de roupa quente e impermeável.
4 horas depois, depois de muito trânsito e de muitos CD’s ouvidos, lá chegámos à estância de sky. Uma autêntica feira. Carros por todo lado, polícia a deixar passar só as viaturas que entende, uma beleza.
Com as botas calçadas, sem nos podermos mexer, eis que iniciámos o nosso treino de sky. Prof já tínhamos, embora me tenha fartado rapidamente. Um dia, dois dias, mais confiança, mais tralhos, mais cautela, mais controlo, a coisa foi-se compondo.
Apenas os gémeos e os glúteos ainda bradam aos céus, o ódio que sentem pelo branco de Poiana.

Moeciu

Moeciu de Sus foi a aldeia onde nos recolhemos à noite. Onde dormimos por cerca de 10 horas, onde picámos umas belas carnes fumadas (ui, temos de descobrir onde se arranjam as carnes fumadas), onde ouvimos uns cerca de 15 romenitos, em jeito de grupo de jovens, a cantar canções romenas, de guitarra em punho e vinho branco em frente. Um óptimo ambiente, acompanhado de uma ursus, que só não foi mais longo, porque os olhos pesavam.

Mais tarde ou mais cedo vou repetir...mais cedo...