Trata-se de um final feliz para uma história um pouco conturbada. (e não, não arranjei nenhum romenito)
Ao fim de 4 vezes me sentar na cadeira de Dora, tenho o meu dentinho arranjado, livre de dores e sofrimento. Ele está feliz e eu também.
A história é conturbada porque, basicamente a minha relação com Dora não foi das melhores. Cheguei a Dora "a impaciente" através de Razvan "o Pavão". Isto só por si não me parece grande início de relação (um dia faço uma posta sobre ele). Um check up, uma plingrafia ao molar, mais uma sofrida ida de uma hora e meia ao seu “gabinete” com direito a 4 anestesias, um antibiótico, mais uma vez na cadeira, mais uma plingrafia e da 4ª vez que me sentei, com a promessa de que lá não me sento de novo, consegui ver tudo resolvido. Um dente bonito e quatro novas rugas de preocupação na minha testa.
A verdade é que Dora ainda não percebeu que ser dentista não é a mesma coisa do que ser bancária ou funcionária dos correios. Ela acha que doa o que doer, por mais desconfortável que seja, tem de ser exactamente assim para que veja a sua tarefa devidamente cumprida e EU é que tenho de ter paciência. Foram muitas as vezes em que dei com ela, com aquele ar indeciso a olhar para as brocas a ver qual escolheria e conseguia ler-lhe nos olhos um “deixa cá ver até onde é que esta miúda aguenta”. Escolheu sempre uma desconfortável, disso posso dar certezas. Capacete de intervenção e olhar ameaçador...la começava a tortura...
A parafernália de material de que Dora dispõe põe Horácio do CSI a um canto. Desde o pequeno Black&Decker, às mil agulhinhas que se foram espetadas no meu dentinho, dos algodões com líquidos de cores estranhas aos cotonetes ou as plaquinhas de cores tive de trincar, até um secador de cabelo que esteve enfiado na minha boquinha. Houve mesmo de tudo… Mas de todos estes instrumentos o que mais me incomodou foi o aspirador (e não, não tenho qualquer tipo de obsessão por aspiradores), mas a verdade é que daquele não gostei. E também não gostei do facto de ela lhe dar pouca atenção. Ou me aspirava a própria da gengiva ate fazer vácuo ou chegava a aspirar-me o almoço do Domingo anterior. Um sofrimento.
Houve impaciências, houve más caras, houve raiva, dor e sofrimento mas já está. É branco e não de ouro como temi.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
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5 comentários:
Assim e que e, a usufruir do seguro por uma boa causa! :)
Hoje sou eu... espero que a minha Simona seja mais querida que a tua Dora :P
tadita da gaja! até a roménia lhe traz siso e molares e Doras (Dora é alguma piada à DORa que te causou?)
beijitos tugas sem 4 sisos
MARIQUINHA, vem comigo pr'Ángola!!!
lol
Causou-me DORa sim senhor. Também me causava algum medo olhar para a aquele ar dela. Só queria que vissem o ar com que ela escolhia a broca. Era mesmo como quem escolhia a camisa que ia vestir nesse dia...Ok, podem dizer que sou mariquinha e vou c a seninhos prangola, mas a verdade é que ela me dava medo. Ah, houve uma vez que depois de um "escarafunche, escaranfunche" completo, lembrou-se de por os óculos:S Bati mal
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