É cada vez mais evidente. Não gosto de andar de avião. “Ah, tens é medo…”. Nada disso. Gosto do friozinho na barriga quando levantamos voo. Gosto do potencial de histórias ridículas que daí advêm, mas de resto, os pontos fracos são muitos e posso enumerar alguns para que me acreditem:
1. O avião nunca está nem chega aonde dá jeito, é perto é perto de onde dá jeito, mas não é. “São cerca de 20km”…20km?!?
2. Quando a cidade tem mais do que um aeroporto o risco de não irmos para o correcto é bastante grande (É BASTANTE GRANDE, SIM, E DE SÓ REPARAR NISSO À HORA DE ABERTURA DO CHECK IN TAMBÉM)
3. O táxi à porta dos aeroportos é um verdadeiro roubo e portanto, no caso de acontecer 2., a malta fica danada…é desagradável e pode até estragar uma viagem.
4. As filas nas portas de embarque 10 minutos antes da sua abertura. Irrita-me e pior, se ficas sentado há olhares de chantagem, acabo sempre por compactuar…
5. Os comissários de bordo. Tenham paciência, com esta é que eu não posso mesmo. Uma pessoa demora horas para chegar ao aeroporto (com ou sem incidentes), filas no check in, esperas, filas para sabermos se somos de bem ou não a partir do caderninho vermelho, filas nas portas de embarque e, quando finalmente se senta em paz e se prepara para relaxar, tem de levar com aquela palhaça. Sim, refiro-me aquela pequena exibição (sempre pior quando são jovens senhores a desempenhá-la). Como se gasta tanto dinheiro a ensinar aqueles passos de dança a tanta gente. Bastava contratar um, sugiro até um actor profissional, gravar, montar, pós produzir e como resultado sairia um belo filme, mais real e mais explicativo que se repetiria a cada viagem. Porquê? Porquê aquele ar firme a apontar sabe-se lá para onde? Mas passa pela cabeça de alguém que alguma daquelas almas ali sentadas consiga ter a percepção de onde estão as saídas de emergência? Eu pelo menos, fico tão entretida a ver a performance individual de cada que me esqueço por completo do propósito de segurança da coisa. Finalmente, depois do momento alto em que cinto deslizar no ar, nas mãos do menino já com o colete amarelo vazio sobre os seus ombros, terminou aquele momento. Agora sim. Afinal não. Chegou a hora de desempenhar um outro papel. Transformam-se em fiscais das mesinhas, dos cintos, das bagagens debaixo da cadeira alheia…e apanham sempre um ou dois prevaricadores, mas sempre com aquele ar de polícia bom…que dor…
6. As malas. Uma maçada…dispensa dissertação. A partir do momento em que se apanha um autocarro para ir buscar a mísera mala que está praticamente vazia…
7. As escalas – gosto mais da de Richter e da de Mercalli do que destas. São opiniões…
8. Os bancos dos aeroportos – por mim tirava-lhe os braços. Aliás, acho que o sofá cama devia fazer parte do mobiliário obrigatório de qualquer aeroporto. Mas ok, a vida está difícil.
Sugestão: investir a poupança obtida com a redução da formação em expressão dramática dos comissários e hospedeiras, em sofás cama, ok, são dinheiros de partes diferentes, mas com organização tudo se consegue, vamos lá a fazer uma forçazinha)
9.As chegadas – que vergonha…estou sempre à espera das palmas quando saio com as malinhas…
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3 comentários:
Grande lulzzzz!!! :)
Tens jeito para coisa! eheheh
Luisita, penso que te escapou uma coisinha...É um gajo chegar já sem paciência, e ter que gramar uma fila enorme para mostrar o raio do passaporte e ser olhado de soslaio de alto a baixo...
Hum, é que apanhei um controlador que me disse um entusiástico "Tchau Maria". Por esse, perdoei todos os outros.
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